quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Agora

E era assim
Um muro de pedra entre nós
Podia ouvir seu grito de clemência do outro lado
Escalar era sinônimo de fracasso meu
Isso me doía
Eu chorava
As horas seguiam
Os segundos arrancavam meu desespero
Eu caminhava, mas o muro era distante...
Sem fim
E mais gritos
Os urros do desespero me sucumbiam
Consumiam Minh ‘alma
Tentava escalar em vão novamente
Meus dedos agora estavam na carne viva
A dor eu nem sentia mais
Ela também não tinha cor
E o muro era infinito
E era assim
O muro
O outro lado
Os gritos
E eu

Tinho Valério

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