quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Soneto III

Vagando entre as cinzas plumas da rua
Crio comigo laços de desassossego
Perdido no vazio do meu próprio medo
Grito desamores a Minh ‘alma nua

Perdido sem os braços do seu aconchego
Procurei entre tantas a pele sua
Como cão faminto por carne crua
Mas só encontrei indonzelas no gueto

Quão dolorido é viver da saudade densa
Dela, marcante no palco
Arte pura, com luz escarlate intensa

Das outrora felizes no teatro
Busco-a por vezes em outras cenas
E só enxergo minha sombra no asfalto

Tibúrcio Valério 

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