sexta-feira, 18 de julho de 2014

Soneto II

Quem um dia me ver sentado à mesa
Solitário e de olhar triste
Saberá da dor de um amor que tive
Entrelaçado aos fios de uma saudade presa

Se me olhar mais a fundo
Entregar-te-ei a Minh ’alma
Que dança uma valsa triste e calma
Celebrando as dores do mundo

E, quem sabe um dia
A vida numa tarde de verão fria
Me trouxer a morte como visita

Contá-la-ei toda a história desse amor
E ao final, com meu coração em dor
Partirei deixando à mesa uma carta não lida.


Tibúrcio valério

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