Este inferno de amar - como eu amo! -
Quem não ardeu em brasas coraçonificadas?
Esta chama que queima e consome,
E acalenta alma tão insana.
Quem não morreu tantas vezes de amor?
E outras tantas ressurgiu como fênix,
Do pó de tais brasas num pulsante voo rasante
Tão cheio de cor
Só me lembra de uma noite reluzente
Eu caminhava... a Lua prateava minhas veredas
E os meus olhos que perdidos vagavam
Em seus olhos chamejantes os pus.
Que fizemos? - Nem eu sei
Mas naquela hora a amar comecei...
Tibúrcio Valério
"Quero que minhas palavras bem concretas levem pessoas a lugares abstratos". Tinho Valério
quinta-feira, 26 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
A Ditatura da Sociedade
A mulher vem sofrendo discriminação ao longo do
tempo, independentemente da vestimenta. São abusos de diversas formas, sejam
eles de ordem social, cultural ou sexual. Até que ponto o uso de uma roupa
provocante ou um comportamento feminino que foge às regras sociais impostas
pela sociedade pode justificar as agressões que as mulheres são vítimas tanto
no âmbito familiar como social?
Numa pesquisa divulgada pelo Ipea, em março deste
ano, pelo O Globo, brasileiros acham que mulheres com roupas curtas devem ser
estupradas. É assustador num país como o nosso ainda existir um pensamento
arcaico, mas infelizmente aprendemos julgar as aparências graças a essas regras
sociais que nos torna seres ignorantes e, consequentemente, somos ensinados a
não aceitar comportamentos que fujam a elas.
O comportamento feminino gera muitas discussões e
polêmicas. Existe mesmo um manual que ensina como a mulher se comportar? Ao que
parece, todos os anos de lutas em busca de direitos iguais foram em vão. Por
que não, simplesmente, entender esse comportamento como liberdade de expressão?
Entretanto, muitos entendem pelo lado pejorativo, e as veem como mulheres
vulgares, daí os constantes assédios e maus tratos em público.
Sem sombra de dúvidas, o abuso sexual é o mais
humilhante das agressões que elas sofrem, principalmente quando acontece em
lugares públicos. Na cabeça retrógada masculina, a mulher que usa roupas
curtas, é extrovertida e independente, torna-se alvo fácil daqueles que saem em
busca de sexo e quando não conseguem usam da força. Note-se que os estupradores
o fazem para satisfazer os vícios de uma cabeça doentia.
O Brasil tem muito para evoluir. Ainda vivemos
numa sociedade machista e cheia de preconceitos a serem quebrados. Mas é
preciso que deixemos de julgar com base nas regras que criamos e enxergamos
como significado do certo. Qual conceito de certo para o outro? As mulheres tem
um trajeto difícil e cheio de obstáculos para conquistar. Pelo menos já temos a
Lei Maria da Penha a favor delas. Quem sabe outras Marias nos tragam mais
conquistas.
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