Trazem consigo
Cravadas no rosto
Marcas de um sertão sofrido
De muito desgosto.
As bordadeiras da serra
As artesãs de Bento
No cume da montanha
Bordam com fios, o tempo.
Mulheres de sorriso farto
Com almas de criança
Criam bonecas coloridas
Cheias de verde esperança.
Com cabaças matam a sede
Dos fuxicos fazem arte
E com retalhos repartidos
Remendam histórias a parte
Marias da serra dos Bentos
Trazem nos olhos
O paradoxo do sofrimento
Mas no sorriso um futuro talentoso
Das tantas Bilas de corações humildes
Que nos dão flores num gesto carinhoso.
Tibúrcio Valério
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