Sentado num banco. O cigarro queimava em seus dedos. Devia ter uns sessenta e poucos anos. O senhor me olhava, não sei se sorriu ou apenas fez uma careta, mas deu pra ver seus dentes amarelos. Os minutos se passavam e ele, de pernas cruzadas, ainda me encarava. Me perguntei sobre o que pensava aquele velho homem. Nunca saberei. Não tive coragem de perguntar. Então, ele levantou, tropeçou nos próprios pés e quase caiu. Caminhou até o portão de embarque e lá embarcou rumo ao resto de sua vida. Não me importa pra onde.
Tinho Valério
Me inspirou!
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