E o medo que
segue cortando os músculos do meu corpo
Me faz
vomitar sangue
Endurece meus
nervos a ponto de me paralisar
Não caminho
O choro me
empurra de um precipício sem volta
Ao passo do
erro constante
Eu mais caio
Mais desapareço
na escuridão do infinito errôneo
Você me olha
de cima
Agora já tão
distante de mim
Apenas uma
sombra diante da única luz que me resta
Os gritos
são incessáveis
Mais do alto
são apenas ruídos indecifráveis
E você segue
Sem mim
E eu
permaneço no fundo do precipício
Que só
afunda
Engole meus
gritos
E me leva
pro fim...
Tinho Valério